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Por: Caroline Dias 04/10/2021
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Musical ‘O Frenético Dancin´Days’ tem exibição gratuita e online nesta quinta (07)

“O Frenético Dancin’Days”, na temporada 3032 do “Palco Instituto Unimed-BH em casa”

Grande sucesso do teatro musical brasileiro, assistido por mais de 40 mil pessoas, o espetáculo conta a história da discoteca de Nelson Motta, aberta em 1976, que movimentou a cena carioca por apenas quatro meses. Uma superprodução dirigida por Deborah Colker, que resgata a era do disco por meio das atuações de 17 atores e sete bailarinos. Exibição acontecerá no dia 07 de outubro (5ª feira), às 20h30, nos Canais Youtube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV.

Frenético Dancin'Days
Foto: Leo Aversa

A temporada 2021 do projeto Palco Instituto Unimed-BH em Casa traz mais um grande sucesso do teatro brasileiro: “O Frenético Dancin´Days”, com texto de Nelson Motta e Patrícia Andrade e dirigido por Deborah Colker. 

O musical já foi visto por mais de 40 mil pessoas e conta a breve, hilariante e gloriosa história da discoteca Frenetic Dancin’Days que, em apenas quatro meses, revolucionou a noite carioca, revelou o grupo vocal “As Frenéticas”, que se tornou símbolo da era “disco” no Brasil e inspirou a novela homônima de Gilberto Braga, um dos maiores sucessos da TV brasileira. A montagem será exibida no dia 07 de outubro (5ª feira), às 20h30, nos Canais Youtube do Sesc em Minas, Teatro Claro Rio e Pólobh Produtora e pelo Canal 500 da Claro TV.

A história começa com o convite ao jornalista e produtor musical Nelson Motta para promover o Shopping da Gávea. A noite carioca fervia nos anos 70, a cena disco estava explodindo em Nova York, mas ainda não tinha acontecido no Brasil. O Dancin’Days foi inaugurado em 05 de agosto de 1976 e marcou a chegada da discoteca no país. Lady Zu, Banda Black in Rio, Tim Maia, a pista da boate fervia.

Na casa, se apresentaram nomes como Rita Lee (ainda com o Tutti-Frutti), Raul Seixas e Gilberto Gil.  E é justamente esta celebração que será exibida no dia 07 de outubro. O espetáculo relembrará grandes clássicos da discoteca como ‘I love the nightlife’, ‘You make me feel might real’, ‘We are Family’, ‘Y.M.C.A’, ‘Stayin’alive’, além de clássicos das Frenéticas e grandes sucessos nacionais da época, como ‘Marrom Glacê’ e ‘A noite vai chegar’, entre outros. O Brasil voltará a sorrir!

“Eu sabia da potência, da força do Dancin´Days, de como ele mudou a cidade. A boate chegou com esse caráter libertário, lá as pessoas eram livres, podiam ser como elas eram. Isso tinha uma grande força política, social, filosófica, artística. Não há nada como o livre arbítrio, estar em um lugar onde você vai ser quem você é”, afirma Deborah.  “O Dancin´Days foi uma ilha de liberdade e alegria. Vínhamos de 12 anos de ditadura, estávamos mesmo precisando soltar as feras e cair na gandaia”, complementa Nelson Motta.

Nada causou tanta sensação quanto o surgimento das Frenéticas. Contratadas inicialmente como garçonetes, elas também faziam uma breve apresentação durante a madrugada. O sucesso foi imediato: Leiloca, Sandra Pera, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves logo abandonaram as bandejas e assumiram os holofotes. Elas foram o primeiro grupo contratado da multinacional Warner, que estava aportando no Brasil. O país inteiro cantou ‘Dancin´Days’, ‘Perigosa’, ‘O Preto que satisfaz’ (abertura da novela ‘Feijão Maravilha’, da TV Globo), entre tantas outras.

“As Frenéticas foram obra do acaso e, claro, do talento de seis garotas que eram atrizes desempregadas, começaram como garçonetes do Dancin´Days e, no fim da noite, cantavam quatro músicas. Foi um estouro! o Dancin lotava só para ver as Frenéticas, que se tornaram as rainhas da discoteca no Brasil”, aponta Nelson.

Frenético Dancin'Days

A boate funcionou por apenas quatro meses, pois o contrato era limitado ao período que antecedia a abertura do Teatro dos Quatro. Ela celebrava um Rio e um país que conseguiam ser livres, apesar da ditadura militar. A casa reunia famosos e anônimos, hippies e comunistas, todas as tribos com o único objetivo de celebrar a vida. O sucesso foi tamanho que a casa foi reaberta no Morro da Urca e inspirou a novela ‘Dancin´Days’, de Gilberto Braga, que tinha a música homônima das Frenéticas como tema de abertura. O país inteirou caiu na gandaia e entrou na festa.

O musical é uma superprodução, com 17 atores e sete bailarinos, escolhidos através de audições, à exceção de Stella Miranda (Dona Dayse), uma das mais importantes atrizes de musicais do país, convidada especialmente para o projeto. O ator André Ramiro interpreta o lendário DJ Dom Pepe, um dos idealizadores da boate Frenetic Dancing´Days Discotheque ao lado dos amigos Nelson Motta, Scarlet Moon, Leonardo Netto e Djalma Limongi.

O próprio Nelson Motta (com Patrícia Andrade) assina o texto de ‘O Frenético Dancin´Days’, que marca a estreia da coreógrafa e bailarina Deborah Colker na direção de um espetáculo teatral, com realização da Motta Produções e produção geral de Joana Motta. O elenco é formado ainda por: Ariane Souza (Madalena), Bruno Fraga (Nelson Motta), Cadu Fávero (Djalma), Franco Kuster (Léo Netto), Karine Barros (coro/stand in feminino), Larissa Venturini (Scarlet), Natasha Jascalevich (Bárbara), além das Frenéticas: Carol Rangel (Edyr de Castro), Ester Freitas (Dhu Moraes), Ingrid Gaigher (Lidoca), Julia Gorman (Regina Chaves), Larissa Carneiro (Leiloca) e Ludmila Brandão (Sandra Pêra).

Deborah Colker (premiada na Rússia com o Prix Benois de la Danse, considerado o Oscar da Dança) assina também as coreografias (ao lado de Jacqueline Motta) e teve ao seu lado uma ficha técnica de peso: Gringo Cardia (cenografia e direção de arte), Maneco Quinderé (desenho de luz), Alexandre Elias (direção musical), Fernando Cozendey (figurinos) e Max Weber (visagismo). Passarão pelo palco os principais personagens que marcaram não apenas a história da boate, mas da cultura nacional.

Frenético Dancin'Days
Foto: Leo Aversa

Os cenários e figurinos recriam a atmosfera disco, mas com uma identidade própria. “A minha inspiração foi a estética de como as pessoas se comportavam na época e o quão ousadas eram no vestir”, explica Fernando Cozendey. “O desafio foi trazer o shape 70 atualizado, criar algo que ainda provocasse espanto, alegria e libertação para o público atual. O espetáculo para mim é sobre transgressão de ser, vestir, dançar, existir”, acrescenta.

A direção musical de Alexandre Elias também acompanha o espírito da época e inova ao trazer um DJ pilotando a música ao vivo. “Quando a Joana Motta me convidou para esse projeto, ela veio com essa “sacada” que iríamos contar a história de uma discoteca e que devíamos ter um DJ. E, no caso do Dancing´Days, o DJ Dom Pepe era uma das figuras centrais”. Para construir os arranjos, Alexandre Elias passou meses pesquisando e optou pela técnica dos samples. “Estamos usando tecnologia de ponta nessa área, misturei elementos dos arranjos originais, que são clássicos presentes na nossa memória afetiva, com ideias minhas e da direção, para chegarmos ao resultado final”, explica Alexandre.

A exibição no “Palco Instituto Unimed-BH em Casa” conta com tradução de libras e áudio descrição para garantir o acesso das pessoas com deficiências auditivas e visuais. Assim como nos demais espetáculos promovidos pelo projeto, nesta transmissão o público poderá realizar doações para o Mesa Brasil Sesc (por meio de QR Code), em benefício aos profissionais do teatro, associados ao Sated MG, que permanecem impossibilitados de exercer integralmente as suas funções em virtude da Pandemia da Covid-19.   


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