Não Se Preocupe Querida, um bom filme, mas com potencial desperdiçado
Não Se Preocupe Querida, chegou aos cinemas dia 22 de setembro, é o segundo filme de Olvia Wilde como diretora, e traz um bom suspense, com críticas importantes ao modelo de casamento
Não Se Preocupe Querida se passa em uma cidade estranha, isolada do mundo, aparentemente nos anos 50, ondes os maridos vão trabalhar e as esposas ficam em casa cuidando do lar. Nessa cidade temos Jack e Alice, mais um casal normal na cidade, que vive uma rotina igual a todos, porém, quando surge um evento estranho, Alice começar a se questionar sobre tudo a sua volta.
A premissa é interessante, o filme consegue te prender construindo um mistério em torno da cidade e, ao mesmo tempo, tenta se aprofundar no relacionamento de Alice de Jack. Porém essa parte é afetada pelo desempenho de Harry Styles como Jack.
O roteiro de Não Se Preocupe Queria te faz criar teorias sobre a incógnita do filme e cada minuto passado as dúvidas crescem sem o espectador saber para qual caminho a obra tomará. O que mais peca, portanto, é o desfecho do filme: a partir do momento em que descobrimos a revelação do mistério, a diretora Olivia Wilde traz uma pressa para encerrar sua obra, tendo um final corrido e mal desenvolvido.
Temos aqui quase uma obra solo de Florence Pugh. A atriz realiza um trabalho impecável de atuação, performa muito bem, dá vida e tensão ao sofrimento de Alice, e de longe é o brilho do filme. Em contrapartida, sua dupla Harry Styles deixa a desejar, a ponto de causar um desequilíbrio na história: enquanto Alice é uma personagem viva, quente e carregada, Jack é morno, frio e artificial. De fato, se tivemos aqui uma atuação do mesmo de Pugh, o filme seria muito melhor.
No fim, Não Se Preocupe Querida, tem uma mensagem feminista importante sobre o controle dos homens diante suas esposas, e traz uma crítica social importante, tanto quando as condições femininas ao casamento, quanto a tecnologia atual e a manipulação de inteligências artificias na criação de mundos não reais, como matrix. Não é toa que temos uma ambientação dos anos 50, uma época em que marido e esposa tinham papéis definidos: homem trabalha e mulher cuida de casa e cozinha.
Não Se Preocupe Querida é um filme interessante e até certo ponto intrigante, se não fosse alguns detalhes que passados despercebidos pela Oliva Pugh, teríamos uma excelente obra de suspense.
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