Com Jake Gyllenhaal no papel principal e roteiro regado de tensão o longa recente da Netflix consegue surpreender e cativar.

Estrelando Jake Gyllenhaal num papel exigente e complexo, O Culpado estreou na Netflix no dia 24 de setembro e segue como uma das produções da lista “bombando” na plataforma. O apreço não de se admirar, pois o longa do gênero drama entrega uma narrativa intensa, quase sufocante e uma experiência de se emocionar.

O filme é com certeza um show de um homem só, e outro ator que não Gyllenhaal poderia ter deixado a desejar. O as astro de 40 anos e carreira sem igual consegue interpretar nuances, emoções, surtos e repressões de maneira cativante e mais do que convincente.

Na pele de um detetive policial rebaixado a operador de chamadas de emergência, o ator consegue dar à narrativa toda a sua base e estrutura necessária para que ela funcione. Narrativa essa que conta a história do policial Joe, que recebe a chamada de uma mulher desesperada e se vê entre salvar a vida dela ou a sua própria.

O longa inteiro se passa no escritório do serviço de emergência estadunidense e toda a narrativa é contada através das conversas de Joe com outros personagens do outro lado da linha.

E que narrativa intensa! O perigo é real desde o início, em apenas 10 minutos fica claro quem é Joe e o que ele esta enfrentando. Ao longo do filme, entre picos de tensão, vai ficando cada vez mais clara a história de Joe e tudo cresce até o ponto em que é impossível não ser surpreendido com o twist e as reviravoltas finais.

O filme foi escrito a partir de outro, produzido em 2018 na Dinamarca e intitulado Den Skyldige (Culpa). O roteiro de Nic Pizzolatto e direção de Antoine Fuqua fazem jus ao original e o filme é uma verdadeira aula de como fazer a estrutura dos 3 atos funcionar voltada para o drama e a tensão, mesmo que num cenário reduzido como um escritório.

O mundo é apresentado no primeiro ato, o protagonista também, seus fantasmas interiores, wants and needs e outros elementos narrativos são todos bem entregues e desenvolvidos. O Culpado, para aqueles que entendem de narrativa, é uma aula e para os que querem apenas aproveitar uma noite de semana no conforto do sofá é uma experiência.

TEXTO POR: Aquiles Rodrigues

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