
Sifu traz muita diversão, com temática das artes marciais
Kung Fu, Karatê em um sistema de beat up e souls like, com combos complexos caracterizam Sifu

O novato estúdio francês Sloclap lançou para gente nesse mês fevereiro um game de ação com temática de Karatê, chamado Sifu. O jogo é uma mescla de beat up com a fórmula souls like em terceira pessoa. Trazendo uma jogabilidade fluida e a dificuldade elevada, temos aqui um agradável e prazeroso game. Esse é apenas o segundo game do estúdio, porém demostram um trabalho excelente de desenvolvimento em Sifu.
Nos anos 80, os filmes de Karatê, Kung-fu e artes marciais foram uma febre. Filmes como Operação Dragão, estrelado pelo Bruce Lee e o Mestre Invencível, com Jack Chan, passavam na sessão da tarde e ajudaram a popularizar as lutas orientais no ocidente. Com esse espirito do Kung Fu, chega aos games, um jogo de ação frenética sobre vingança e uma jornada do herói.
Sifu é uma história de vingança, com clichês já visto antes em outras mídias, como no filme Kill Bill, que também serviu de alguma inspiração para o game.

Um estudante de Kung Fu, expulso do Dojo, vai se vingar do seu Sifu (mestre), e acaba o matando, junto com outros 4 personagens. O personagem principal, filho do Sifu, vai em busca de vingança para seu pai. E com esse background, entramos na jornada do game, com muita ação de Kung Fu.
Sifu é um game que bebe em diversas fontes, porém tem uma criatividade que cativa durante sua jogatina. O maior ponto positivo de Sifu, é sua jogabilidade: com a gameplay fluida, possibilidades combos engenhosos e inventivos, um sistema de upgrade intuitivos, fazem desse game uma experiência divertidíssima. Sifu é um game de beat´up, porém como estratégias nos combates, que foge do tradicional esmaga botão, e com elementos de RPG, onde evoluímos habilidades e recursos.
O jogo é linear, sem uma grande exploração pelos cenários, que variam. Em alguns momentos, quando entramos em corredores estreitos, mudamos para plataforma 2D, o que é bem divertido, quando acontece, parecendo uma cena de ação da série do Demolidor. Os chefões são desafiadores, cada uma peculiaridade e um ponto fraco para ser explorado.
O que chama atenção em Sifu é seu inovador sistema de idade. Nele você começa com 20 anos, e conforme você vai perdendo, seu personagem vai envelhecendo, e posteriormente, dificultado mais ainda o game. Ao passar dos 70 anos, o jogador morre, dando game over. Aqui entra outra característica dos Souls Like: morrer e rejogar a mesma fase diversas vezes, até aprender as habilidades necessárias para o progresso.
Os golpes de karate são variados e combinam chutes, socos, esquiva e bloqueio. Para jogar Sifu, dominar o bloqueio e a esquiva é fundamental para seu progresso.
Cada chefe tem sua perculariedade, com características próprias. Cabe ao jogador identificar os pontos fortes e fracos dos chefes, e usar essa informação a seu favor. São 5 chefes em 5 fases e cada uma fase também tem seus inimigos personalizados. Não é nada fácil, porém é muito recompensador progredir em Sifu, conforme o aprendizado das mecânicas do game.
O combate em Sifu tem uma inspiração na fórmula Souls, em que o nível de dificuldade é desafiador e para avançar no jogo é preciso estudar seus adversários, ter uma estratégia e saber usar o botão L1 de defesa e R2 de esquiva. Como a agilidade e guarda são necessários em Sifu, podemos dizer que sua principal citação seja Sekiro, da From Software, vencedor do Game of The Year em 2019.
Outra referência é Sleeping Dogs. Em Sifu, vemos golpes, (que são limitados em Sleeping Dogs) a temática de artes marciais e lutas orientais, e o estilo cartunesco lembram um pouco o jogo da Square Enix. Os gráficos lembram Sleeping Dogs, e a direção de arte sendo lindíssima, como se fosse uma grafic novel. A pintura estilo HQ dá um charme, e ajuda a criar toda atmosfera oriental, na mesma forma de um mangá.
Sifu é game muito divertido, que vai entreter e desafiar o jogador. Uma grata surpresa.
Texto por Rafael Bittencourt
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