Switched e a troca de perspectivas
Uma lição de como entender que a sua vida não depende somente dos outros para ser boa, mas de você também
Para quem gosta de doramas rápidos e com histórias adolescentes, Switched é uma escolha ideal para ver em um fim de semana. Com seis episódios com cerca de 40 minutos cada, esse poderia ser mais um caso de troca de corpos para dar boas risadas, mas ele está mais para uma lição sobre amor próprio.
Classificado como suspense e ficção, a produção japonesa original Netflix, lançada em 2018, foi baseada no mangá de mesmo nome. Escrito em 2002, a obra trata de temas como bullying e a importância da amizade. Para quem não gosta de doramas com atuações muito dramáticas, Switched é uma boa opção, com uma história diferente, um mistério a ser resolvido pela troca de corpos, e com momentos de alegria que dá para arrancar alguns sorrisos.
No primeiro episódio somos apresentados a Ayumi Kohinata (Kaya Kivohara), uma adolescente simpática que acabou de ter seu amor de infância correspondido, Koshiro Mizumoto (Tomohiro Kamiyama). No dia em que os dois resolvem se encontrar, Umine (Mil Tomita), colega de classe de Ayumi, liga para ela dizendo que vai pular de um prédio e faz Ayumi assistir.
Após a queda, Ayumi acorda em um hospital assustada, mas percebe que não está mais no seu corpo, e sim no de Umine. A primeira ideia de Ayumi é fazer com que os outros acreditem que ela não está no seu corpo, mas ninguém a escuta, já que sua colega Umine sempre foi uma garota solitária, fechada e sem amigos.
O primeiro a acreditar na troca é Shunpei Kaga (Daiki Shigeoka), amigo de Ayumi, que a ajuda a descobrir como ocorreu a troca. No corpo de Umine, Ayumi continua sendo simpática e divertida com as pessoas que conhece, fazendo com que os outros comecem a gostar da nova Umine e vendo que ela é uma boa pessoa. Enquanto isso, Umine no corpo de Ayumi começa a se afastar de seus colegas de sala e se questiona o porquê dos outros não gostarem dela.
A lição que é passada nesse dorama remete a um verso da música Orange Juice, da cantora Melanie Martinez, que diz: “Eu gostaria de poder te dar os meus olhos/ Porque eu sei que os seus não estão funcionando/ Eu gostaria de poder dizer que você é linda, tão linda”, mostrando que a beleza física não é a coisa mais importante para uma vida feliz, mas sim, saber olhar a nossa volta com bons olhos.
O dorama ainda mostra que não é responsabilidade somente dos outros fazer nossa vida feliz, mas também de nós mesmo, podendo decidir como queremos viver e ser vistos pelos demais.
*Texto escrito por Renata da Silva
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