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Por: Letícia Bortoleto Vargas 20/04/2022
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The Duke of Death and His Maid – um misto de sentimentos

Se sabe que não podem se tocar, qual o intuito do jogo de provocação? The duke and his maid te explica… ou talvez não

The Duke of Death and His Maid (Shinigami Botchan to Kuro Meido, em japonês) é um anime de comédia romântica daquelas que, se você não pensar a fundo sobre se torna bem prazerosa de assistir. Além de trazer uma proposta diferente, sendo um anime em 3D.

O anime conta a história de Victor, um jovem duque amaldiçoado por uma bruxa quando criança (do nada), fazendo com que ele tire a vida de tudo o que toca/encoste nele. Dessa forma, sua mãe (com a delicadeza de um tapa na cara) o despachou para uma mansão no meio da floresta, onde Victor passou a viver com apenas dois empregados, Rob, seu mordomo de confiança, e Alice, antiga amiga de infância/empregada/interesse amoroso.

The duke and his maid

Com isso, Walter, o segundo filho da família, ficou cotado para assumir como herdeiro, se o Victor não conseguir encontrar uma forma de quebrar a maldição, e Viola, a irmã caçula, passou a visitar o irmão mais velho na mansão com frequência porque tem uma quedinha pelo mordomo.

Mais tarde, ao longo dos episódios, dois bruxos, Cuff e Zain, acabam fazendo amizade com Victor e se juntam na busca pela bruxa. Todavia, além de Victor não ter nenhuma pista sobre a bruxa que o amaldiçoou na época, fica meio difícil se concentrar enquanto Alice brinca com seu coração.

Primeiro direi o que gostei e a linha de raciocínio que esperava, depois desço a lenha (mentira, porque gostei, apesar de tudo).

Adorei essa premissa da maldição de não poder tocar nenhum ser vivo, afinal isso pode ser abordado de forma tão profunda, nós vivemos dessas relações, o ser humano precisa de contato físico, vide o que vivemos na pandemia de COVID-19, sem poder chegar perto e dar um abraço ou um mísero aperto de mão a um amigo (viajei nos meus próprios sentimentos, perdão kkkkk).

Seguindo as vozes na minha cabeça, nunca pensei que o duque já fosse caído de amores pela Alice desde o começo do anime, pensei que ele resistiria mais. Fiquei esperando ver mais sobre o passado dele, chegamos a saber um pouco da época conturbada, antes da Alice chegar, quando Victor desistiu de tudo e só queria definhar até a morte, mas queria mais foco nisso, só arranhamos a superfície aqui.

Em todo o episódio, pude perceber a vontade do personagem que ansiava pelo toque. Todavia senti que, por ser uma comédia romântica, era sempre muito mais sobre a Alice brincar se ele queria ver embaixo do vestido ou tocar os seios exageradamente grandes dela (gravidade não faz aquilo, tenho lugar de fala para apontar), deixando-o constrangido.

Nisso, a parte mais sentimental, para mim, se perdia. Afinal, não tinha nada de inovador, era sempre o mesmo tipo de piada, se repetindo por vários episódios e eu me perguntando quando eles iriam procurar sobre a maldição.

Então posso dizer que me irritei um pouco com essa enrolação, até algo maior realmente acontecer. Entendo que tem que mostrar esses momentos, afinal é sobre isso, mas tantas cenas parecidas faria mais sentido se eles estivessem se conhecendo e tentando conquistar o coração um do outro. Não é o caso aqui, já é claro como o dia que os dois se amam, eles têm consciência disso, e esse sentimento não é de hoje.

Mas para não dizer que só teve isso, houveram sim alguns momentos que achei bem mais fofos e que compensavam um pouco. Mesmo que para mim não faça sentido o jogo de provocação da Alice com o Victor para que ele a toque, e ele quer tocá-la, mas não pode porque senão Alice morre. Mas já dizia Deize Tigrona: “vem de chicote, algema, corda de alpinista, daí que eu percebi que o cara é sadomasoquista”.

The Duke of Death and His Maid é adaptado de um mangá, escrito por Koharu Inoue, que eu não li, então não sei até que ponto estamos em relação a toda a história, se lá também tem essa sensação de enrolação. Só sei que o anime está disponível na Crunchyroll e já tem a sua segunda temporada confirmada.

Vou deixar a abertura aqui “Mangetsu to Silhouette no Yuro”, cantada pelos próprios dubladores (Natsuki Hanae/Victor e Ayumi Mano/Alice). Acho muito fofinha:

Apesar de tudo que disse, eu maratonei o anime tranquilamente me afeiçoei ao protagonista, pretendo ver a 2º temporada, porque na hora só assisti com o coração (o famoso: desligar o cérebro), a análise mais a fundo do conteúdo veio depois, até porque eu nunca assisto nada já pensando “esse aqui verei para resenhar”, porque pode ser que sim, pode ser que não. Porque estou falando sobre isso?

Por: Letícia Vargas


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    Ainda Estou Aqui: Uma história sobre primeiro amor e luto - [2022]

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