Vivy: Fluorite Eye’s Song – Corrigindo o passado, salvando o futuro
Como impedir a revolta dos androides, com a ajuda de uma androide
Vivy: Fluorite Eye’s Song é um anime com história original (que não é adaptação de mangá, nem nada), voltado para o gênero de ficção científica, com tecnologia, androides, viagem no tempo e um fundinho de música para salvar o mundo (já é de se esperar, a protagonista é cantora).
A história começa no ano de 2056, com o caos de uma revolução, onde androides com inteligência artificial autônoma e aparência humana se revoltam e começam a aniquilar todos os humanos. Um cientista, como uma das últimas alternativas, dá início a um projeto, enviando Matsumoto, uma inteligência artificial, 100 anos no passado para localizar Diva, uma androide cantora que ainda existe atualmente, mas estava servindo apenas como exibição no museu.
Diva, também conhecida como Vivy, foi a primeira androide autônoma com inteligência artificial criada, cujo único propósito era cantar para trazer felicidade aos humanos. Não fica muito claro, mas ela é a única que não foi afetada pelo “bug” que fez com que os demais se rebelassem. Por conta de seu propósito de vida, Vivy reluta bastante em se tornar a responsável por salvar a humanidade, mas acaba se envolvendo em momentos-chave considerados como primeiros gatilhos para a futura aniquilação humana.
Sua função principal é reverter alguns acontecimentos, mas sem mudar completamente a história. Esses acontecimentos seriam os precursores de uma futura conquista de direitos humanos por parte das inteligências artificiais. É até irônico pensar que eles buscaram ajuda de uma androide para impedir que os demais androides tenham os mesmos direitos que os humanos no futuro e desencadeiem uma guerra.
Devo dizer que essa história de voltar no tempo e mudar a coisas para impedir o desastre no futuro de acontecer sempre me deixa com o pé atrás, no sentido de que eles estão alterando a linha do tempo, como que essas mudanças vão afetar o futuro, se, de repente, não ficará ainda pior do que já está ou se não mudará nada (isso aqui já seguindo a teoria de que mudanças na linha temporal gerariam outras linhas temporais).
Enfim, uma viagem muito louca, da qual eu gosto quando eles deixam essas coisas bem definidas na história. Porém, aqui, o foco não são os efeitos da viagem no tempo, mas só parar o extermínio dos humanos (fiquei um pouquinho decepcionada, confesso, mas ok). Ao mesmo tempo, achei interessante que, como a protagonista não morre ou envelhece, pudemos ver o tempo passando no sentido de que o primeiro acontecimento se passa 100 anos no passado, o segundo 30 anos depois, por exemplo. Não é tudo de uma vez, no mesmo ano, é possível ver as pessoas envelhecendo, a tecnologia evoluindo.
Um dos fatores questionáveis é porque os androides se revoltarão no futuro, já que todos são previamente programados com uma única missão a cumprir, como no caso da Vivy que só canta pela felicidade dos outros. Rolam até alguns dilemas com a própria Vivy porque ela não entende e não consegue colocar sentimento em suas músicas, então ela fica buscando como se tornar mais “humana”.
Teve uma situação que me deu um pouco de raiva porque a protagonista demora tanto a engajar na causa e quando ela, finalmente, o faz, acontece um fato que faz com que ela perca as memórias, de forma que temos que começar tudo de novo o processo de convencê-la a ajudar. A diferença fica por conta do momento e da personalidade dela.
Na primeira vez ela era uma pessoa mais introvertida e bem desconhecida, não sabia como transmitir emoções nas músicas e engajar o público. Já na segunda vez, bem mais no futuro, ela já se tornou uma estrela famosa e a personalidade dela já está bem mais confiante, ela finalmente descobriu como conquistar o público com suas músicas e virou uma referência para outras androides com a mesma missão que ela.
No caso da animação, Vivy é simplesmente lindo, as cenas de luta são boas, os cenários e os personagens são muito bonitos, quando temos um close do rosto da Vivy então… Menino, isso é arte. Visualmente o anime, com certeza, não deixa nada a desejar.
Vivy: Fluorite Eye’s Song é um anime curtinho, com 13 episódios, animados pela Wit Studio A história original foi escrita por Tappei Nagatsuki, mesmo criador de Re:Zero, e ganhou, com o anime, uma versão para mangá e light novel em 2021. No Brasil, o anime está disponível na Funimation. Não direi que esse anime é um marco, algo imprescindível que precisa ser visto pelo mundo porque também não é tudo isso, mas é, sim, um anime interessante, daqueles que você acaba trombando aleatoriamente no catálogo, assiste por curiosidade e curte.
Por: Letícia Vargas
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