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Por: Ana Paula Castro 19/11/2024
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Na era das adaptações da Broadway, “Wicked” se consagra como um dos maiores filmes do ano

A história derivada de “O Mágico de Oz” mostra que Hollywood acertou em investir nas adaptações de musicais teatrais para tentar trazer o público de volta aos cinemas

Sem dúvida um dos melhores filmes do ano, Wicked” chega aos cinemas brasileiros nesta terça-feira, 19, já com aclamação da crítica e de parte do público. A obra derivada do clássico “O Mágico de Oz” é uma das melhores adaptações de musicais da Broadway já feitas e promete divertir, emocionar e encantar os espectadores.

A trama acompanha a história de Elphaba (interpretada no filme por Cynthia Erivo), uma jovem que sofre preconceito por ter nascido com a pele verde e costuma ser mal interpretada e negligenciada. Além da cor da pele diferente, Elphaba também nasceu com poderes mágicos e acaba se matriculando na Universidade de Shiz, na Terra de Oz, para aprender a controlá-los. Lá ela conhece Glinda (Ariana Grande), uma garota popular, ambiciosa e que sempre teve tudo o que quis, mas ainda não descobriu sua verdadeira identidade e é forçada a conviver com Elphaba.

Elphaba e Glinda já são nomes conhecidos do grande público. A primeira aparição das personagens foi no clássico “O Mágico de Oz”. A protagonista da história, Dorothy, esbarra com Glinda, dita como a Bruxa Boa do Sul, e com Elphaba, dita como a Bruxa Má do Oeste, em sua famosa jornada de volta para a casa. “O Mágico de Oz”, cujo livro foi lançado em 1900 e o filme em 1939, termina com um embate entre Dorothy e a Bruxa Má, o que é justamete o início de “Wicked”.

Wicked (Divulgação)
Wicked (Divulgação)

A trama derivada se passa antes, durante e depois dos eventos de “O Mágico de Oz” e começa contando o passado de Elphaba e Glinda, sendo lançada como livro em 1995, de autoria de Gregory Maguire, e adaptada para o teatro em 2003. O elenco original da peça da Broadway, que serviu de base para o longa, contava com Idina Menzel como Elphaba, Kristin Chenoweth como Glinda, e Joel Grey como o Mágico de Oz.

O diretor Jon M. Chu (Em Um Bairro de Nova-York) optou por dividir o filme em duas partes, como os atos da peça, o que poderia ser considerado um exagero ou uma mera artimanha para lucrar mais em cima do nome “Wicked”. Contudo, a direção conseguiu se manter fiel à história e ao mesmo tempo engrandecê-la, com um toque a mais que explora bem o potencial do universo de Oz e expandindo o que o público já conhece do musical.

A riqueza de detalhes da obra é um espetáculo à parte, com destaque para o design de produção impecável e que torna a imersão do público na história muito mais intensa e verdadeira. A fotografia, os cenários e os elementos visuais fazem jus ao “Mágico de Oz” de 1939.

A trama já era aclamada pelo público do teatro e pelos leitores da obra de Maguire, mas consegue renovar seu brilho e encontra em Ariana Grande e Cynthia Erivo um “lugar fértil” para se tornar ainda mais grandiosa. As atrizes claramente se inspiraram em suas antecessoras, mas tomaram as personagens para si, com interpretações emocionantes, bem-humoradas e com uma dinâmica e química impecáveis e muito bem trabalhadas pela direção.

Ariana Grande e Cynthia Erivo como Glinda e Elphaba (Reprodução/Instagram)
Ariana Grande e Cynthia Erivo como Glinda e Elphaba (Reprodução/Instagram)

Cynthia desperta a empatia do público com sua Elphaba, não apenas por claramente se entregar à personagem e conseguir trazer seus pontos mais altos, mas também por seus vocais poderosos.

Já Ariana Grande faz a performance de sua carreira em uma personagem que nasceu para interpretar. Trazendo suas melhores habilidades tanto na atuação quanto na música, Ariana e Glinda roubam a cena diversas vezes, com a comédia bem dosada e equilibrada com o drama de uma personagem que é forçada a sair de sua zona de conforto enquanto enfrenta a própria jornada de descoberta.

Outros destaques da atuação vão para Michelle Yeoh, como Madame Morrible, Jeff Goldblum, o grande mágico, e Jonathan Bailey, que surpreende com sua interpretação de Fiyero Tigelaar.

“Wicked” só deve desagradar quem realmente não é fã do estilo musical, pois o filme não tem nenhum receio em explorar o que há de mais característico do gênero, com personagens caricatos, uso abundante de coreografias bem elaboradas e dando destaque às canções que os fãs do musical tanto amam.

Por outro lado, quem gosta do estilo ou mesmo quem não tem nada contra, tenha visto a peça ou não, vai se encantar com a trama. Desde o início, com o final de “O Mágico de Oz”, até o clímax, com a poderosa canção “Defying Gravity”, “Wicked” se constrói como uma história envolvente, que vai além do velho embate entre o bem e o mal e deixa um gostinho de quero mais para a parte 2, que tem estreia prevista para 21 de novembro de 2025.

Classificação do Autor

Avaliação: 5 de 5.
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