Entre herói e diretor, Raio Negro
Trata-se de Raio Negro (Black Lightning), protagonizada pela família Pierce, moradora de um bairro negro em Nova Orleans, Estados Unidos.
Jeferson Pierce (Cress Williams) é um pai com dupla atividade: diretor de uma escola de ensino médio e uma espécie de vigilante.
Além disso, Jeff lida com questões familiares como a filha mais nova namorando e os conflitos morais e éticos com a mais velha. Na real, essa série não é exatamente sobre família, já que é uma série de herói e aí existe a dicotomia de que heróis têm família mas se colocam em risco, fazendo da família o não-primeiro lugar no quesito prioridade, pois eles podem morrer a qualquer momento e a família os perderiam mesmo que “mais uma vez o mundo tenha sido salvo”.
A obra, apesar de conduzida pela “trajetória do herói”, traz itens de crítica a realidade e reflexões que vou chamar de profundas. Digo isso, porque como diretor da escola, o “Sr.Pierce” luta para que os seus alunos (majoritariamente negros) entendam que podem ser quem quiserem e trabalha para que a escola seja um lugar seguro e de crescimento -não é a toa que o ambiente é uma zona neutra, não dominada pelo tráfico (que também é mostrado na série).
A série é estadunidense, o que por si só, já diz muito, já que o país ocupa o top 1 de maior população carcerária (com mais de 2 milhões de pessoas presas no sistema). Contando fator racial, diz mais ainda: 63% dos afro-americanos (pessoas negras e descendentes diretos) têm um parente próximo preso.
*A nível de reflexão, o Brasil é o 3° em maior população no mesmo índice (775 milhões de pessoas em situação prisional, em 2º lugar, a China).
A série não mostra a situação prisional, mas retrata a saída de garotos negros da prisão voltando para o mesmo
lugar que os fez ser presos: o tráfico. Enquanto o Jeff Pierce e seus aliados lutam (literalmente) contra traficantes e as drogas modificadas que chegam às ruas.
Enquanto os heróis (porque no decorrer das temporadas aparecem mais alguns) lutam e dão aquela surra gostosa nos vilões, a trilha sonora é uma das coisas mais animadas possíveis. Não são “músicas de luta” como a gente pode encontrar se jogar em sites de pesquisa, mas sim um repertório de Black Music e faz total sentido dentro da narrativa. Encontrei até uma playlist da série.
Black Lightning é baseado no herói da DC, tem 4 temporadas e está disponível na Netflix. A série é interessante porque também mostra o desejo de vingança de Jeff após um episódio traumático e, mesmo sendo o “bonzinho”, também tem o seu lado ruim, como todo mundo tem.
Outro item bem forte na série é: quem morreu, será que morreu mesmo? Fica aí essa reflexão e o trailer, pois espero que assistam e se sintam eletrizados.
Tá ok, preciso parar com esses trocadilhos ruins.
Leia Também: 5 séries para maratonar em poucas horas
[…] Veja também: Entre herói e diretor, Raio Negro. […]
[…] Leia Também: Entre herói e diretor, Raio Negro […]
[…] Leia Também: Entre herói e diretor, Raio Negro […]