Por: Larissa Regina Diniz 09/11/2020

A Cidade de Bronze (S. A. Chakraborty)

“A grandeza leva tempo, Banu Nahida. Em geral, os mais poderosos tem os princípios mais humildes.” (A Cidade de Bronze)

Nahri é uma golpista e charlatã que sobrevive de golpe em golpe nas movimentadas ruas do Cairo. Mas certa noite, durante um ritual que a garota fingia realizar em mais um de seus esquemas, ela acaba, sem querer, convocando Dara, um poderoso guerreiro djinn…. Além de chamar a atenção de um bando de ifrits (demônios) que de repente parecem muito interessados em matá-la.

Só então Nahri vai descobrir que na verdade ela é uma shafit, um ser nascido da união de um humano e um djinn, e que talvez ela seja a última sobrevivente dos Nahid, uma poderosa linhagem de portadores do dom da cura.

Perseguida por ifrits, Nahri precisa chegar até Daevabad, a mitológica Cidade de Bronze, único lugar onde poderá estar segura e descobrir mais sobre seus antepassados.

O problema é que a cidade já tem seus próprios problemas, além de uma revolta civil que ameaça derramar novamente sangue pelas ruas de Daevabad.

A Cidade de Bronze é uma SUPER história de fantasia. A criação da sociedade, classes de shafits e toda a mitologia envolvendo seus poderes e crenças (que são mais de uma por sinal), é impressionantemente bem estruturada. Essa é uma daquelas histórias com detalhes tão reais que eu nem ficaria surpresa se me contassem que Daevabad realmente existe!

Chakraborty é o tipo de autora que não se incomoda em jogar um monte de palavras novas e desconhecidas em cima do leitor, que no começo fica perdidinho com tantos nomes. Mas a confusão não dura muito, prometo. Além disso, os personagens iniciais são tão carismáticos que, se não pela história, com certeza o leitor fica instigado a prosseguir para saber o que vai acontecer com eles.

A Cidade de Bronze nos apresenta uma história cativante, cheia de camadas que você só vai descobrir conforme segue cada vez mais longe nas intrigas presentes e passadas do povo de Daevabad, e como todos esses conflitos parecem colocar diferentes personagens ora no papel de herói, ora no de vilão. Sensacional!

O segundo livro da trilogia, O Reino de Cobre, acabou de ser lançado aqui no Brasil pela editora Morro Branco, com mais uma capa linda, numa edição super caprichada em capa dura.

Classificação da Larissa (@cons.ciencialiteraria): 5 estrelas