Arquivo 81 é uma série que mescla bem o suspense e o drama

Daniel é uma arquivologista contratado por uma empresa bilionária para um trabalho que irá mexer com a sua vida: restaurar gravações encontradas no prédio onde sua família morreu incendiada. Ao longo de sua jornada, ele irá desenterrar sentimentos do passado e se envolver em um grande mistério com sobrenatural. Através das das filmagens, Daniel volta ao passado, nos anos 90 quando tudo foi gravado.

Arquivo 81 sabe muito bem como trabalhar suspense e drama, com o arco de dois protagonistas: Daniel, que vive o presente, e Melody, a dona das gravações. No melhor estilo found footage terror, Arquivo 81 executa com maestria sua proposta de prender o telespectador com clima de suspense e trazer um mistério, fazendo com que a cada episodio o espectador crie teorias e hipóteses sobre o que está acontecendo.

Ao longo da série vemos diferenças referências das quais Arquivo 81 bebe, e a mescla desses elementos ajuda a compor a obra aos longos dos seus 8 episódios. Temos inspiração, sem dúvidas, de The Twiligth Zone, Arquivo X, e obras literárias de LoveCraft (sim temos um terror cósmico dissertado ao final da séria) e algumas citações como de Fringe e Stephen King.

Arquivo 81 é, de fato, uma obra confusa, mas pelo lado bom, onde clima criado  envolve a cada minuto, e as dúvidas são maiores que a certeza. O roteiro da série é feito baseado em um podcast de mesmo nome, no qual os criadores fazem consultoria, portanto, a fidelidade com fatos é uma característica da série. O produtor é o renomeado James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal), especialista em terror. O carimbo de qualidade é mais que garantido.

Arquivo 81 é uma boa surpresa no catálogo da Netflix, com final para dar abertura para uma segunda temporada.

Texto: Rafael Bittencourt

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