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Por: Caroline Dias 07/04/2020
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Eu não sou um Homem Fácil – Certamente deve ter nossa atenção

Em meio a tantas aquisições, o streaming Netflix aderiu em seu catálogo (há cerca de 1 ano) -que tantas opções e produções norte-americanas- um filme francês. Este aconchegou e ganhou certo destaque, estamos falando de “Eu Não Sou um Homem Fácil” (Je ne Suis pa un Homme Falice).

Passei exatamente por longo período sem dar a devida atenção que o filme “Eu não sou um Homem Fácil” merece, agora que me disponibilizei, lá vamos nós para uma resenha que nunca pensei que poderia escrever que engloba machismo, feminismo e novas experiências.

Contextualizando, a história gira em torno de Damien (Vincent Elbaz), que um dia acorda em um mundo onde as mulheres e os homens invertem os seus papéis na sociedade. O mundo mudou: agora são as mulheres que têm poder sobre os homens. Uma situação engraçada quando não somos avisados. Acompanhe o trailer:

Acompanhe o trailer “Eu não sou um Homem Fácil”:

Embora pareça mais uma obra de comédia com muito machismo, depois de uns minutos de filmes vemos que não é apenas disto que se quer tratar, se mostrando completamente o oposto do que poderíamos pensar. Usa da comédia para distorcer grande parte (senão todas) das ações machistas que presenciamos no cotidiano do ser humano. É como se o roteiro se invertesse para nos mostrar um universo invertido, onde todas as atitudes e profissões que anteriormente eram dadas apenas a homens, por serem vistos como o sexo forte, fossem dadas às mulheres para mostrar que não são o “sexo frágil” que o personagem em questão tanto inferioriza.

Eu não sou um Homem Fácil
Cena de “Eu não sou um Homem Fácil”

E por mais pacata que pareça, a diversão está nos pequenos detalhes que chamei de “detalhes invertidos”, pois vemos homens usando roupas mais curtas ou dizeres, em momentos do filme vemos uma cena onde Damien vai a uma balada considerada LGBT e as mulheres estão vestidas da forma “normativa” como conhecemos, mais delicadas e roupas ousadas, e o personagem é questionado sobre sua sexualidade. É possível observarmos que a obra ressalta bastante o didatismo masculino, onde existe a necessidade dos personagens se colocarem no lugar do outro, sendo uma a questão trazida a realidade como “o que estou fazendo em benefício do próximo sem questionar ou esperar algo em troca”?

O personagem principal não tem sua curva dramática bem resolvida, já que em nenhum momento ele se questiona de fato o porque ele está vivendo naquele mundo invertido. Apesar de nos deixar claro seu real incômodo com os fatos, não existe nada que o faça se questionar o porquê dele estar vivendo naquela realidade. As falhas de roteiro são evidentes, porém cumpre seu papel em mostrar aos seus espectadores pontos importantes para termos em nossa realidade.

Eu não sou um Homem Fácil
Cena de “Eu não sou um Homem Fácil”

O filme com certeza foi uma aposta certeira que o Streaming fez, embora pareça apenas mais uma clássica comédia machista, a trama não demora para revelar seu verdadeiro objetivo. E é exatamente o oposto do que pensamos quando estamos no início do filme. Com uma ótima mensagem e um elenco sensacional, Eu Não Sou Um Homem Frágil  é mais um acerto da Netflix. Gostaria de ressaltar também o excelente trabalho dos atores Vicent Elbaz e Marie Sophie Ferdaneé são a alma da produção. Os dois conseguem incorporar e interpretar perfeitamente seus personagens, independente do “mundo” em que estão.

*Texto por Caroline Dias


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