Eu, Tonya- Conheça a história de uma das patinadoras artísticas mais famosa dos EUA
Infância complicada, ambiente sem amor e violência são temas apresentados na vida de Tonya Harding
Ser uma estrela do esporte americano não é fácil. Normalmente, vemos a luta desses atletas somente no palco, mas essa não é a única forma de conhecê-los. Em “Eu, Tonya” vemos um lado mais íntimo da patinadora que ficou conhecida pelo mundo todo por seus escândalos midiáticos.
Lançado em 2017, “Eu, Tonya” conta a história da patinadora artística Tonya Harding, a primeira mulher americana a fazer um salto triplo axel, um movimento difícil para quem patina, e também por ser acusada de mandar quebrar o joelho de sua concorrente nas Olimpíadas de 1994.
Em um primeiro momento pode parecer muita coisa, mas nas duas horas de filme, vemos que a vida de Tonya foi muito mais que isso, deixando esses dois acontecimentos apenas como lembrança do que o público na época acompanhou na mídia.
Classificado como comédia, o filme também pode se encaixar no gênero drama, pois muitos elementos nele chocam o telespectador ao conhecer a trajetória da patinadora. Tonya Harding, interpretada por Margot Robbie, é uma garota que veio de um lar pobre e violento, e por influência da mãe, aos quatro anos começou a praticar patinação artística, se tornando uma ótima patinadora, mas com a vida muito difícil fora da pista.
Durante o filme, vemos seu crescimento, acompanhamos seu abandono pelo pai, o primeiro romance de Tonya com o cara que seria seu primeiro marido, a vida de competições, e os casos de violência doméstica cometidos por sua mãe e pelo namorado. Na pista, Tonya se destacava pelo seu talento, mas em questão de postura e comportamento, perdia para suas concorrentes, que tinham mais condições financeiras de se adequarem à imagem que esse esporte exige, como delicadeza e graciosidade.
Além do drama apresentado na história, a comédia traz um ar de leveza na narrativa e seu desenvolvimento, dando ao filme um aspecto não cansativo e que não necessita da atenção total do público para entender o que está acontecendo, já que as informações são colocadas de um modo claro.
As cenas que acontecem dentro da pista de patinação são lindas, com coreografias bem ensaiadas e roupas coloridas, contrastando com a vida dura de Tonya. A garota sofria diversos castigos físicos da mãe quando não conseguia patinar do jeito certo, sendo até mesmo impedida de ir ao banheiro enquanto praticava, e os diversos casos de agressão pelo marido quando discutiam.
“Eu, Tonya” recebeu diversos prêmios em 2018, como o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Allison Janney, que interpretou a mãe da patinadora, LaVona Harding, entre outros. Todo o crédito ao filme se dá pelo conjunto da obra que fez dele uma ótima produção. O filme intercala momentos de documentário fictício com os comentários dos próprios atores, voltando para o formato normal em seguida, adaptando elementos da realidade para a ficção e ainda, uma trilha sonora composta por músicas da década de 90. Além de tudo, são mostrados momentos em que Tonya na narrativa quebra a quarta parede, se dirigindo ao público em certas situações.
Chegando ao final, “Eu, Tonya” ainda traz um conteúdo a mais para quem gostou da história. Nos créditos finais são exibidas imagens reais das pessoas interpretadas no filme, como Tonya, sua mãe, seu marido Jeff e seu segurança, nos fazendo ter a chance de conhecer os verdadeiros protagonista dessa história de altos e baixos.
Após essas imagens, ainda é exibido o vídeo em que Tonya realiza o salto axel triplo em uma de suas competições, semelhante à exibida no filme, nos fazendo pensar o quanto que assistimos foi ficção ou realidade.
*Texto escrito por Renata da Silva
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