
Kaguya-sama: Love is War – Amamos esse casal que só enrola
Um anime que leva a arte de enrolar a outros níveis (spoiler: nenhum deles são ruins)
Kaguya-sama wa kokurasetai (mais conhecido como Kaguya-sama: Love is war) é uma comédia romântica voltada para o público mais maduro pelas temáticas e piadas abordadas. Desde seu lançamento em anime, sua história tem ganhado cada vez mais fãs e eu garanto que não se trata de só mais uma modinha.

A história se passa na escola Suchiin, frequentada só pela elite, como é o caso da protagonista Shinomiya Kaguya, herdeira do maior conglomerado do país. Kaguya faz parte do conselho estudantil, como vice-presidente, trabalhando junto com Shirogane Miyuki, presidente do conselho e um dos únicos fora da bolha da elite, pois é bolsista no colégio.
Até aqui, tudo normal (enredo de shoujo genérico). Porém, por passarem muito tempo juntos, cumprindo tarefas do conselho, os dois acabam se apaixonando um pelo outro e é aí que começa a guerra. Orgulhosos que só eles, nenhum dos dois quer admitir seus sentimentos, então passam a bolar mil e uma ideias para fazer com que o outro se confesse primeiro. Quem confessar, perde!
Daí para frente temos a maior enrolação do mundo, porém uma das mais interessantes também. A protagonista é a Kaguya, mas podemos acompanhar os pensamentos de cada um deles, orquestrando seus planos mirabolantes (às vezes surreais) para fazer o outro soltar aquele “eu te amo”. É uma batalha mental muito louca, nem tem como não dar uma risadinha com isso. Tem coisas desde conseguir o número de telefone sem demonstrar interesse a fazer com que o outro o convide para sair.

E, claro, para “atrapalhar” um possível futuro casal, temos os demais integrantes do conselho estudantil. Fujiwara Chika é a secretária cheia dos hobbies estranhos e divertida, mas que definitivamente não sabe “ler o clima” do momento. É a melhor amiga da Kaguya, mesmo que às vezes dê aquela vontade de matar lentamente a dona Chika (tudo bem, a gente a ama mesmo assim).
Já Ishigami Yu é o tesoureiro do conselho, mas que só começa a aparecer mesmo na história um pouquinho mais pra frente. À primeira vista ele demonstra ser um jovem meio deprimido e tímido (é o otaku do grupo). Com o passar dos episódios, vai se aproximando mais do grupo, ainda que tenha medo da Kaguya.
Temos vários outros personagens que vão se destacando ao longo da história, mas esses são os principais e passaremos um bom tempo com eles. Além dos trabalhos dentro do conselho, sem reclamações quanto a isso, os protagonistas aproveitam seus momentos livres pra conversar e jogar algum jogo diferenciado (olha o dedo da Chika aqui).

Então não tem romance?
A ideia é seguir nesse esquema de um fazer o outro confessar, mas uns momentos fofos ainda rolam, em meio ao caos, às vezes dá até uma agonia porque ninguém diz nada e você sabe como eles se sentem.
Eu acredito que a comédia faz muito bem nesses casos, porque se fosse só um romance normal, com certeza seria muito tedioso ver isso em todo episódio. E não se sinta só, o resto do colégio inteiro também shippa os dois e torce pelo casal.
Também podemos acompanhar alguns momentos mais dramáticos, conhecendo um pouco mais do passado do grupo. Kaguya, por exemplo, por fora parece muito intimidadora, mas, na verdade, ela é muito inocente, principalmente quando o assunto é relacionamentos. Tanto que foi o próprio Shirogane que acabou ajudando a deixar de ser tão fria com as pessoas. Ainda assim, ela mesma não se considera uma boa pessoa, o que a torna um pouco obcecada em demonstrar gentileza.

Já Shirogane é viciado em trabalho e tem uma leve obsessão por ser o melhor em tudo, pois entrou como bolsista na escola e escalou até o topo, tornando-se o presidente. O melhor são suas cenas tentando aprendendo algo no qual ele não tem o mínimo de talento (segura a risada).
Uma coisa interessante, dentro dos episódios, é que eles são divididos em histórias curtas, pra não deixar um evento ou acontecimento se arrastar demais, já que comédia é uma coisa mais rápida. Outra ferramenta bastante utilizada aqui é o narrador, ele aparece bastante para explicar algo, o excesso de aparições é claramente proposital e há quem goste disso, mas há quem discorde dessas interferências também, faz parte.
A animação também é muito boa, tornando algumas cenas até mais engraçadas que no próprio mangá e nem preciso mencionar as aberturas épicas, que levam o título do anime ao pé da letra nessa guerra pra ver quem não resistirá ao amor (clichês, sim). A primeira abertura é “Love Dramatic”, de Masayuki Suzuki ft. Rikka Ihara, já a da segunda temporada é “Daddy! Daddy! Do!, também de Masayuki ft. Airi Suzuki.

Kaguya-sama possui 24 episódios (esperamos por mais), divididos em duas temporadas e animados pelo estúdio A-1 Pictures (mesmo de Sword Art Online). A história é uma adaptação do mangá de Aka Akasaka, de mesmo nome. Fica aqui a deixa para acompanharem o mangá depois de terminar o anime, eu garanto que algumas frustrações serão aliviadas.
No Brasil, a primeira temporada do anime está disponível na Crunchyroll, já a segunda temporada segue em “stand by” para lançamento, já que a Funimation comprou os direitos de exibição da temporada que será incluída em sua plataforma de streaming. Conclusão, quem sofre, como sempre, são os fãs para acompanhar seus animes favoritos em plataformas diferentes.
Ainda assim, não deixem de ir atrás de Kaguya-sama, posso dizer que fazia muito tempo que eu mesma não assistia um shoujo tão bom e divertido. O anime até ganhou como melhor comédia, melhor casal e melhor encerramento pela Crunchyroll Anime Awards 2020.
Por: Letícia Vargas
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