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Por: Ana Paula Castro 23/10/2021
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Livro “O homem que enterrou Hitler” questiona versão histórica oficial sobre a morte do líder nazista

O homem que enterrou Hitler“, ficção lançada pela Editora Contracorrente e escrita pelos jornalistas Marcelo Netto e Aldo Gama, é baseada em investigação que já dura 14 anos

“O homem que enterrou Hitler” questiona a história oficial apresentada nos livros, documentários e filmes sobre o líder nazista Adolf Hitler. O que sabemos é que ele se suicidou dando um tiro na própria cabeça em 30 de abril de 1945, dias antes dos soviéticos tomarem Berlim, onde ficava o bunker de Hitler. Mas, e se essa versão não for a verdadeira? E se Hitler, ao dar-se conta de sua iminente derrota, tivesse colocado em prática um plano de fuga já estruturado e, na calada da noite do dia 28 de abril, tivesse escapado da Alemanha rumo à América do Sul e vivido em solo americano sem ser notado e incomodado por 26 anos?

Realidade ou ficção?

Em “O homem que enterrou Hitler”, livro que já se encontra em pré-venda pela Editora Contracorrente, os jornalistas Marcelo Netto e Aldo Gama criam uma ficção instigante e divertida, capaz de fisgar o leitor da primeira à última linha. Percebe-se, ao longo da leitura, que muitas das informações contidas na obra são baseadas em uma minuciosa e coerente investigação jornalística, realizada pelos próprios autores. Informações estas que, se comprovadas no futuro, podem se transformar em inédita revelação historiográfica. 

O narrador da ficção afirma que não conseguiu, até o fechamento de “O homem que enterrou Hitler“, a comprovação dos fatos citados. Mas apresenta riqueza de detalhes suficientes para provocar no leitor a tão conhecida “pulga atrás da orelha”, o benefício da dúvida sobre a versão oficial tantas vezes repetida ao longo da história.  

Marcelo Netto, um dos autores, conta que ele e Aldo Gama decidiram pelo gênero ficção, e não por um livro-reportagem, justamente para que “O homem que enterrou Hitler” não fosse tratado como teoria da conspiração, embora ambos persistam na apuração de diversas pistas que constam do texto.

“Realmente não é fácil acreditar numa versão que vai na contramão da história oficial. Desconstruir o senso comum é complicado. Ainda mais por não existir até o momento uma prova irrefutável para desmontar a hipótese de que Hitler se matou. Por outro lado, as pessoas também não se questionam do contrário, de que do mesmo modo não há provas do seu suicídio. Queremos, com o livro, pelo menos dar a possibilidade ao leitor de questionar isso”, explica Marcelo.

Segundo o autor, a saga pela confirmação de que Hitler teria vivido na maior parte do tempo no Brasil, Argentina e Paraguai e teria falecido aos 81 anos – no dia 5 de fevereiro de 1971 – já dura 14 anos e vai continuar. “Estamos prestes a confirmar que um notável hierarca nazi do círculo íntimo de Hitler, que teria fugido de Berlim no mesmo avião que ele, acabou os seus dias em São Paulo”, revela. 

Aldo Gama, também autor de “O homem que enterrou Hitler“, conta que a investigação começou por conta de Marcelo Netto, que sempre acreditou no relato da fonte deles. Aldo diz que, de início, não tinha interesse no assunto, principalmente por estar convencido que a versão oficial era a única possível. “Como Sancho Pança involuntário, acabei perseguindo esse moinho por diversão e por entender desde o primeiro momento que era uma espetacular história ficcional. Como a realidade é mais absurda que qualquer peça da imaginação, acabei por encontrar fatos históricos tão improváveis quanto espetaculares”, relata.

“Mas minha conversão completa começou com uma descoberta dessas que só o acaso ou a teimosia propiciam: sonado, numa manhã de domingo, enfurnado em uma biblioteca por lealdade ao Quixote, encontrei um bilhete que comprovava várias alegações do testemunho que dera início a tudo. Assim eu tinha um documento histórico irrefutável que, se não comprovava, tornava possível a cadeia de eventos que perseguíamos”, continua.

Segundo Aldo, “por força de discrição e um pouco de molecagem”, eles resolveram não esclarecer onde a ficção começa e termina. “Aos olhos atentos fica evidente e não estamos aqui para estimular a preguiça do leitor. ‘Paulocoelhamente’ falando, aquele que buscar vai encontrar. Mas se prepare que a viagem é cheia de aventuras e a estrada esburacada. Bom sacolejo!”

Sobre os autores

Marcelo Netto é jornalista e mestre em Ciências Sociais. No início dos anos 2000, pediu demissão da Folha de São Paulo e paralisou seus estudos na USP para viver acampado com famílias do MST. É estudioso da relação entre a Teologia da Libertação e os movimentos anticapitalistas globais.

Aldo Gama nasceu no ano em que o homem pisou na Lua, embora não existam provas de que os fatos estejam relacionados. Jornalista, tem saudade da época em que comentaristas entendiam do tema que tratavam. Suas limitadas habilidades artísticas permitiram que também atuasse anonimamente como ilustrador.

Serviço: O homem que enterrou Hitler

Autores: Marcelo Netto e Aldo Gama
Editora: Contracorrente
Ano: 2021
Edição: 1ª
Páginas: 211
Encadernação: brochura
Lançamento: 1º de novembro de 2021


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