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Por: Larissa Regina Diniz 28/06/2021
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Mashiro no Oto – sons feito neve, mas que aquecem o coração

Não posso negar, animes de musiquinha ocupam um lugar especial no meu coração, e quanto mais diferentões eles forem, melhor! Por isso mesmo Mashiro no Oto (Notas Brancas como a Neve) me chamou a atenção logo que vi a abertura: tinha uma arte belíssima, com cores que prometiam uma história bem introspectiva, um instrumento tradicional japonês, o Shamisen, garantindo a entrada na categoria “diferentão”, além de música do Burnout Syndromes, que pra mim já é validação de anime bom. E adivinha só, eu não estava enganada!

Antes de mais nada, o que raios é um Shamisen?

#mashiro no oto from #usersenka
Uma amostrinha de como se toca o Shamisen. Setsu perdido em seu mundinho musical particular :3

O Shamisen é um instrumento tradicional japonês. Ele possui mais ou menos 1 metro de comprimento, e só três cordas (isso mesmo, dá pra fazer música com só três cordinhas!!), que são tocadas com a ajuda do “bachi”, uma espécie de palheta gigante. Nosso protagonista, Setsu Sawamura, nasceu na província de Aomori, lá no norte do Japão (note que ele tem um sotaque fofo kk), berço do Tsugaru Shamisen, que leva esse nome porque foi em Tsugaru, uma cidade em Aomori, que o estilo se firmou!

Sobre o que é o anime, além de Shamisen?

Começamos o anime descobrindo que nosso protagonista, Setsu Sawamura, que faz aquele tipo calado porém cheio de sentimentos que precisam achar uma forma de serem expressados para o mundo, está de luto pois acabou de perder seu avô, a pessoa que o ensinou desde criancinha a tocar Shamisen (ai meu Deus, tadinho, já começamos na tristeza *choro*).

Perdendo sua única referência de músico e de amor parental (porque os pais do Setsu mesmo… afs), Setsu decide se afastar das lembranças dolorosas e se muda para Tokyo, a fim de decidir o que fazer de sua vida, e se vai ou não continuar tocando Shamisen.

#Mashiro no Oto from My Blog
Setsu novinho e seu vovô

E por que essa dúvida cruel, meus amados? Porque esse anime de musiquinha não é só sobre aprender a tocar e se expressar, mas também sobre a jornada de descoberta do Setsu, que até então estava sendo (e continua sendo) jogado de um lado pro outro entre duas vontades que nem são suas: a de sua mãe, que quer que ele seja famoso tocando exatamente como seu falecido avô, que nunca teve reconhecimento enquanto em vida; e a de seu avô, que se dedicava a fazer o Setsu entender que precisava fazer mais do que simplesmente copiá-lo, encontrando seu próprio som.

A gente sabe qual das opções é a mais saudável, né? kkkkk Mas pra descobrir isso por conta própria o Setsu vai contar com seus novos amiguinhos do clube de Shamisen (que lindo, meu menino agora tem amigos!) pra, pela primeira vez na vida, participar de competições e assim descobrir o que falta no seu som.

Vale a pena assistir?

Seguindo aquela linha básica de animes de esporte (porque se você acha que músicos e esportistas são universos distantes, sugiro que repense), vamos ter sim aquele plot de competição, de personagens que querem se superar e dar o melhor de si a cada performance, arranjando amigos e rivais através de seu instrumento. Tudo isso temos em Mashiro no Oto. Apesar disso, não foi essa parte que me cativou, mas sim a ambientação e casos de família envolvendo o Setsu. Aí sim temos o diferencial desse anime, que, como esperado, vale a pena!!!

Todas as apresentações de Shamisen são imersivas, e criam uma atmosfera que fazem você pensar “caracas, mas esse Shamisen faz um som bonito, hein!”. Em especial, é claro, nas apresentações do Setsu, que sempre vêm cheias de referências aos seus sentimentos naquele momento.

Um anime com cores suaves, mas que brilha e cria contraste toda vez que o verdadeiro som do Setsu vem a tona, sem deixar de ter um toque de delicadeza, que é marca do personagem. A ambientação visual e sonora do anime são 10! Além de ter um plot que muitas vezes aquece nosso coração enquanto acompanhamos o Setsu descobrindo que sua música tem a capacidade de mexer não apenas com os próprios sentimentos, mas com os de outras pessoas também.

Se você ainda não está convencido, fique aí com a performance do Setsu tocando “Jongara Bushi”, no primeiro episódio, disponível na Crunchroll!

Texto por: Larissa Diniz (@cons.ciencialiteraria)


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