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Por: Jamerson Nascimento 24/04/2024
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O Dublê: Uma homenagem divertida e recheada de referências

O novo longa da Universal Pictures com Ryan Gosling e Emily Blunt no elenco, “O Dublê”, estreia em 02 de maio nos cinemas.

Como é bom você sentar em uma poltrona no cinema, sem saber o que esperar de um determinado filme e ser surpreendido tão positivamente. Essa foi a minha experiência com “O Dublê” (The Fall Guy, no original).

Exalando uma energia de filmão da “Sessão da Tarde”, o novo longa de David Leitch (mesmo diretor de “Deadpool 2”) acerta em diversos aspectos e, sendo eu uma pessoa que ama ver produções que sejam ambientadas nos bastidores do cinema, não poderia ter amado mais e saído tão satisfeito da sessão. Mas antes de tudo, afinal, do que se trata “O Dublê”?

Com toques de ação, comédia e romance, no longa conhecemos Colt Seavers (Ryan Gosling), um dublê veterano que, após um acidente em um set de filmagens, resolveu se distanciar do mundo cinematográfico e, consequentemente, de sua relação amorosa com Jody Moreno (Emily Blunt).

Porém, tudo muda quando Gail (Hannah Waddingham), uma antiga produtora executiva, entra em contato com Colt pedindo que ele volte ao trabalho e também a ajude a descobrir o paradeiro de um grande astro, Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson), que desapareceu enquanto filmava sua nova produção.

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Ryan Gosling em cena de “O Dublê” | Divulgação

Para começar, que escolha de elenco espetacular. Eu achava que seria difícil Ryan Gosling superar o seu Ken, mas aqui ele consegue entregar uma performance tão boa quanto. Seu timing para comédia é ótimo, sua execução nas coreografias de luta é excelente e seu carisma e charme em cena são hipnotizantes.

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Emily Blunt em cena de “O Dublê” | Divulgação

E tudo isso também se estende a Emily Blunt, essa mulher fantástica com a sua energia contagiante. Com a sua Jody, agora uma diretora estreante, Blunt nos mostra diversas facetas passando pela raiva, angústia, paixão, alívio e também nos mostra toda a sua força capaz até de imobilizar alguém se for necessário. E, tudo isso, com uma naturalidade impressionante

Sua química com Gosling em cena é inegável, explosiva e apaixonante, de tal forma que nos faz torcer para que eles fiquem juntos novamente durante toda a projeção. Além disso, a atriz também entrega vocais em uma cena de karaokê ao som da icônica “Against All Odds (Take a Look At Me Now)” de Phil Collins enquanto Gosling dá tudo de si em uma das maiores sequências de ação que o longa entrega.

Aproveitando, a trilha sonora é, simplesmente, genial. Sem dúvida alguma, esse longa se tornará uma ótima referência no futuro sobre como utilizá-la dentro de uma produção cinematográfica.

Além de contribuir ativamente para o andamento da narrativa, ela passa por grandes nomes como KISS com a clássica “I Was Made For Lovin’ You”, “You Give Love A Bad Name” de Bon Jovi, “I Believe In A Thing Called Love” do The Darkness e até Taylor Swift encontra seu espaço nessa trama com a impecável “All Too Well”, a qual, inclusive, rende uma cena maravilhosa tanto no quesito atuação para Gosling como também para o desenvolvimento do seu personagem e relação com Jody. Prestem atenção nela por que vai muito além de simples flashbacks.

Com uma montagem dinâmica e fluída, o longa sabe muito bem dosar quando a narrativa pede por cortes frenéticos e quando é necessário uma pausa para apreciar o momento. Além disso, a produção se dá a oportunidade de brincar com conceitos utilizando recursos como a famosa “tela dividida” em certa altura.

O roteiro de Drew Pearce é um grande clichê de certa forma, mas é um clichê muito bem feito e que dá gosto de consumir. “O Dublê” é empolgante, divertido, com piadas na medida certa, ótimas sacadas e recheado de referências, indo de “Um Lugar Chamado Nothing Hill” até “Velozes e Furiosos”, utilizadas de maneira inteligente e coerente, com direito até a cameos de grandes nomes da indústria. 

Além disso, a narrativa também traz elementos que estão em pautas de discussões da indústria atualmente como o escaneamento de atores e as consequências que essa medida podem acarretar e não perde a chance de cutucar a Academia pelo absurdo de, em quase 100 de anos de existência do Oscars, ainda não existir uma categoria que conceda a famosa estatueta para a classe de dublês.

Com todos esses pontos positivos elencados acima, o diretor David Leitch se torna mais um tópico favorável ao conseguir tirar o melhor de cada elemento que compõe esse título e, ao juntá-los, entregar como resultado um filme harmônico onde você não vê passar as pouco mais de 2 horas de duração por estar tão entretido com o que está sendo construído na sua frente.  

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Divulgação

Baseado em “Duro na Queda”, a clássica série de TV dos anos 80, o novo longa da Universal Pictures, “O Dublê”, é um excelente entretenimento para se ver com a família e amigos garantindo cenas de ação de tirar o fôlego, uma investigação que fica cada vez mais complicada, cowboys espaciais, aliens, explosões e, por que não, unicórnios, cacatuas, uma pitada de romance e bacon para fechar esse combo? E, acredite, tudo isso se conversa perfeitamente. Ah, e é importante lembrar que temos uma cena pós-créditos também.

Então, se você me permite te dar uma dica, anota essa indicação em um post it (ou em vários) pra ter certeza que você não vai esquecer de incluir esse evento na sua agenda. Uma coisa é certa: a diversão é garantida.

Texto Elaborado por Jamerson Nascimento.

Trailer Oficial
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