Considerado um anime de esporte/shoujo, Kaleido Star é cheio de mensagens positivas e sonhos para toda a família

Kaleido Star é um anime um tanto velhinho sobre circo, mais especificamente sobre ginástica artística, e muito divertido, com várias mensagens sobre o poder de acreditar em seus sonhos e não desistir nunca. O anime passava no Cartoon Network (a era de ouro do Cartoon, só quem viveu sabe).

A protagonista da história se chama Sora Naegino, uma jovem japonesa que se muda para Califórnia só para participar de uma audição para fazer parte do elenco do famoso Kaleido Star, um circo de fama mundial. Ser parte do Kaleido Star sempre foi o sonho da Sora, desde que ela viu o espetáculo pequenininha e ficou encantada.

Ela sofre vários perrengues só para chegar lá, se perde, é assaltada, perde a audição, mas com algum milagre, ela consegue entrar para o elenco. O problema é que entrar é fácil, o difícil é permanecer, com treinos diários e gente te criticando.

Kaleido Star é o palco dos sonhos e, como todo palco, tem a sua estrela. Layla Hamilton é a artista principal de praticamente todos os espetáculos e adorada pelo público. No começo ela pega muito no pé da Sora e dá até um nervoso porque tudo ela critica. Porém, ao longo dos episódios, Layla vai se abrindo e vamos notando que a forma de agir dela é para o próprio bem da Sora, para faze-la crescer como artista.

Uma das coisas que eu mais gosto são as cenas dos espetáculos em si e das fantasias, são simplesmente lindas e emocionantes de ver as personagens rodopiando para lá e para cá no palco, a ansiedade e apreensão de quando eles vão performar um número e você fica torcendo para dar certo. Quando eles saltam de uma barra para tentar agarrar a outra a tempo… (o coração bate até mais rápido).

E se tem uma coisa que não posso reclamar é do realismo da protagonista ser meio novata em tudo e não conseguir fazer as coisas de cara (nem sempre o poder do protagonismo ajuda).

Então temos vários episódios dela treinando pesado mesmo para conseguir fazer algo grande, vários momentos frustrantes onde ela erra, se machuca e a galera fala que ela devia desistir, que não é boa o suficiente. Mas Sora sempre se levanta e tenta de novo, até conseguir, a menina tem a positividade do mundo. Um exemplo perfeito disso é quando ela consegue seu primeiro papel principal no espetáculo.

Vale mencionar que temos um personagem interessante que aparece para Sora logo no primeiro episódio e que, por mais que seja mais o alívio cômico da parada, não deixa de ter um significado importante. Fool é o espírito do espetáculo do Kaleido Star e passa a conviver com Sora, a única que pode vê-lo até então. Segundo ele, só aqueles destinados a realizar a misteriosa técnica fantástica e se tornarem a estrela do Kaleido Star conseguem vê-lo (acho que deu para entender né…).

E se a primeira temporada vai ser focada em tornar Sora apta para realizar a técnica fantástica, a segunda vai nos trazer uma Sora mais experiente, que carregará as expectativas da galera de se tornar a verdadeira estrela do Kaleido Star, mas com dois novos personagens que tentarão frustrar seus sonhos e deixar ela meio perdida quanto ao futuro. Eu, particularmente, considero a segunda temporada melhor que a primeira até.

Sora, com seu espírito alegre e altruísta, sempre se preocupa com todos, mesmo com seus possíveis rivais. Ela está sempre tentando entende-los, ajuda-los, de forma a evitar conflitos porque a mesma não gosta de competições, só quer se divertir e trazer sorrisos aos expectadores e veremos isso mais intensamente nessa segunda temporada.

Kaleido Star possui duas temporadas, 50 episódios no total, além de uma OVA e um filme, todos produzidos pelo estúdio Gonzo. A partir do anime, Kaleido Star também ganhou adaptações para mangá e light novel. Atualmente todos os episódios estão disponíveis na Amazon Prime Video, dublados em português e espanhol (infelizmente a OVA e o filme nunca foram dublados, então deve ser um pouquinho mais difícil de caçar eles na internet).

“Lembre que seus sonhos são as asas que ajudarão você a voar” – Sora Naegino

Por: Letícia Vargas

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