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Por: Colunista Convidado 13/06/2020
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Negritude e esteriótipo musical | Flora

Certa vez, me coloquei em debate comigo mesma sobre esteriótipos que nós, mulheres negras, vivemos a vida toda escutando sobre como nos vestimos, no que trabalhar e com quem deveríamos casar.

“Se você é mulher negra e possui cabelos crespos, case-se com um homem branco para que seus filhos não ‘sofram’ com cabelos crespos”. A minha infância toda foi o que sempre ouvi e isso me fazia odiar meus traços, me sentia menos amada por Deus. Hoje, vejo a importância destas pautas para crianças e o quanto a representatividade deveria ser algo natural.

Negritude e Esteriótipo
Alimentar nas crianças negras que elas podem ser o que quiserem é importante para o seu futuro. Crédito: Reprodução. | Negritude e o Esteriótipo Musical

Na música me torno uma artista que está em descobertas e vejo o quanto a padronização do olhar das pessoas sobre homens e mulheres negras cantarem gêneros musicais como rap e trap. Já me questionaram, eu deveria lançar algo do tipo por tal motivo. Nós devemos ser autônomos e donos de nós mesmos. Nos roubaram tudo, nossa  religião, impondo o que era certo. Por que não seguir meu próprio rumo? me lembro do feminismo negro em símbolo de luta porque além de mulheres, somos negras.

Negritude e esteriótipo musical
Flora, ainda na adolescência, não se considerava bonita. Crédito: Arquivo Pessoal

O retrato da mulher negra pobre e sem nada está retrógrado, estamos em todo lugar, vestimos roupas de todos os lugares do mundo, consumimos tudo que nos for de desejo. Naomi Campbell, Beyoncé, da gringa a Taís Araújo, Sheron Menezes aqui para nos inspirar na moda.

Hoje me vejo orgulhosa dos meus traço e sou grata a todas feministas negras que lutaram por isso, desejo um mundo menos racista e que nossas crianças negras se vejam de forma natural.

Sobre as raízes, nosso modo de nos comunicar através de roupas ou os nossos cabelos, não são moda como muitos dizem pra usar como fase, são resistência e resistimos desde novas aos padrões que nos empurraram, antes me sentia menos bela.

Hoje me sinto dona de mim, dona do meu próprio paradigma onde códigos são cifrados apenas por mim, na explicativa, a famosa frase: dona do meu próprio nariz. Na música busco referências das mais icônicas figuras da música no país Tássia Reis, Karol Conka, Negra Li, Iza. Hoje temos elas e desejo que seja cada vez mais natural e venham muitas.

 

Negritude

Ouça o último single de Flora: Te Quero Perto ft. Adam Smith

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