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Por: Rafael Bittencourt 28/02/2021
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Ano nos games – 2020: remake, pandemia e nova geração

Entre remake e novidades, 2020 mudou a indústria dos games, afetada pela Covid 19. Mesmo assim será um ano marcante para história dos jogos

mulheres no mercado de games
Aumento no mercado de games em 2020

Nesse quarto episodio vamos falar de 2020, um ano que foi bem diferente do que estávamos acostumados. Com a chegada da pandemia mundial, no final do mês de fevereiro, muitas coisas mudaram. Indústrias, empresas e trabalhos tiveram que se adaptar ao novo modo de viver. Com a indústria de games não foi diferente.

Com as pessoas em casa, os jogos eletrônicos cresceram em vendas, sendo uma opção de entretenimento para quem ficou isolado na pandemia. Entre remake e novidades, a indústria dos videogames sofreu mudanças, tanto no desenvolvimento remoto dos games, quanto no marketing e divulgação (realizados através de eventos presenciais) e no mercado que cresceu sendo uma alternativa de entretenimento para o isolamento.

De fato o ano de 2020 por si só já seria transformador para o mundo dos games, pois estava marcado como o ano da nova geração de consoles: Playstation 5  e Xbox Series X/S. Entretanto, com a pandemia do Covid algumas questões foram levantadas, como a produção de games remotamente, com produtores, programadores e designs trabalhando de casa e a necessidades dos eventos especais como a E3 ou a Gamescom. 

Os grandes laçamentos de 2020 começaram em março. No terceiro mês do ano tivemos uma grande surpresa com a chegada de Doom Eternal, continuação do game Doom 2016. Doom Eternal fez melhoras em um jogo que já era muito bom, ficou mais dinâmico, tiroteios mais frenéticos e uma grande variação de inimigos, fazendo de Doom o melhor FPS (First Party Shooter) que joguei. 

No mesmo mês de março foi laçando o aguardadíssimo Remake Final Fantasy VII. Com uma legião de fãs em todo mundo, a expectativa pelo game era imensa, e não decepcionou. O remake do sétimo game de Final Fantasy é uns dos melhores já feito. Combates mais dinâmicos, sem perder a essência dos turnos de antigamente, uma jogabilidade bem fluida, indo de encontro com os motores gráficos usados nos jogos anteriores, sem falar que a história de Final Fantasy 7 é uma das melhores já feita dentro do mundo dos jogos.

Entre março e abril, onde o isolamento social começava em todo mundo, surgiu um fenômeno chamado Animal Crossing: New Horizons. O jogo do Nintendo Switch foi um grande sucesso pelo seu poder de interação social virtual. Em Animal Crossing é possível interagir e conseguir visitar a ilha de seus amigos, sendo uma válvula de escape para quem estava e está em isolamento social.

O ano de 2020 foi muito importante para Sony, que teve dois grandes lançamentos exclusivos para sua plataforma do PS4. O primeiro foi The Last of Us Part 2, que chegou ao mercado em junho. A parte dois de The Last of Us foi muito impactante para os games, sendo um jogo impecável, sem defeito algum. Quem jogou a história de Ellie foi atingindo de alguma forma pela história, que contém um roteiro digno de filme para Oscar. Sem falar que tecnicamente perfeito, melhorando os aspectos do primeiro jogo e acrescentando elementos como botão de pulo e esquiva. The Last of Us Part 2 é sem dúvidas um dos melhores games de todos os tempos.

The Last of Us Part II
The Last of Us Part II – vencedor do TGA 2020

Um mês apos The Last of Us 2 impactar o mercado de games, a Sony estreou seu último game exclusivo para o PS4, Ghost of Tsushima. Esse não teve todo o brilho que seu “irmão” The Last of Us, mas conseguiu agradar quem jogou. É um jogo com combates competentes, mas com história genérica.

Podemos dizer que 2020 foi um ano de muita nostalgia para os fãs do Playstation 1. Além do Remake de Final Fantasy VII já mencionado, tivemos outras duas repaginações de game do PSONE: Tony Hakw 1+2 e Resident Evil 3. Tony  Hakw conseguiu resgatar o que há de melhor nos primeiros games, e somado com gráficos mais modernos e bem feitos possíveis, se tornando um remake impecável. Já Resident Evil 3 foi bem em atualizar a história do clássico game de 1999, mas decepcionou os fãs por ser curto demais. Na mesma pegada nostálgica também saiu em 2020 Crash Bandiccot 4, continuação direta do jogo de 1998, lançado para PSONE. 

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tony hawks pro skater 1-2 remake

Para finalizar os lançamentos de 2020, tivemos o polêmico Cyberpunk 2077. O game da CD Projekt Red, adiado diversas vezes, era vendido com um game revolucionário e inovador para o gênero de RPG/ mundo aberto, mas foi decepcionante para os jogadores. Em muitos escândalos envolvendo crunch, desenvolvimento à distância e marketing excessivo, as promessas de Cyberpunk ficaram somente nas palavras da CD Projekt. O game saiu com inúmeros defeitos de legs, bugs e desempenhos se mostrando um flop total. 

CD Projekt Red - Cyberpunk 2077
CD Projekt Red – Cyberpunk 2077

Agora falando dos bastidores, 2020 foi um ano onde os eventos presenciais foram discutidos. Sem a realização de eventos como a E3 ou Gamescom, uma questão entrou em pauta dentro da indústria de games: Eventos presencias são mesmo necessários? Originalmente, esses eventos eram usados para divulgação e anúncios de seus produtos, mas com internet, as empresas estavam repensando essa estratégia, dando espaço para conferências online, ideia que foi reforçada com a quarentena. Empresas como a Nintendo e Sony estão desde 2018 fazendo apresentações online, sendo que a Sony não participa da E3 (principal evento de games) desde 2019.

Para finalizar 2020, tivemos em novembro a chegada de uma nova geração de consoles: Playstation 5 e Xbox series x/s. Novas máquinas com poder de processamento maior, resolução 4K nativa, melhorias de desempenho, velocidade, renderização. Tudo isso vai pautar os novos games a partir de 2021. Essa tecnologia vai permitir games com gráficos melhores, gameplays mais lisas e dinâmicas, tela de loading quase nula e novas funções. O PS5 contém o controle Dual Sense, capaz de explorar de modo sensitivo seus botões. O PS5 também apresenta áudio 3D, com tecnologia capaz de localizar o áudio espacial.

Podemos falar que 2020 foi modificador devido à pandemia. Eventos foram repensando, jogos sendo produzidos à distâncias e cultura do crunch debatida. Foi um ano de desafios e inovações para indústria. 

Confira as matérias anteriores do especial “Anos nos Games

Ano nos Games: 1983 – Atari e crise dos games

Ano nos games: 2005 – ascensão do Playstation

Ano nos Games: 1998 – A revolução dos games


Leia Mais: Experimento Espelho 2.0 faz apresentações online de 26 de fevereiro a 21 de março


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